Chefe de Estado angolano admite novo confinamento face ao aumento de casos - Bailundo News
João Lourenço falava à imprensa à margem da cerimónia de inauguração de uma nova ala de Serviço de Urgência, Internamento de Curta Duração, Consulta Externa e Hospital Dia da Pediatria de Luanda e apontou o exemplo de outros países.
O chefe de Estado angolano frisou que em outros países está a acontecer um recuo e, caso haja um descuido, “também pode acontecer em Angola”.
“Angola não é especial. Angola pode ser diferente, dependendo sempre do nosso comportamento, das nossas atitudes”, referiu.
Segundo João Lourenço, o alívio das medidas de prevenção e combate da pandemia depende do comportamento dos cidadãos. "Se o desconfinamento for paulatino e responsável, com responsabilidade dos cidadãos em continuarem a utilizar as máscaras, lavarem as mãos com frequência, manterem o distanciamento entre as pessoas, pode-se fazer o desconfinamento sem que haja o grande risco de aumentar os casos positivos, portanto, tudo depende de nós", frisou.
Contaminação local ainda não confirmada
Questionado sobre se a existência dos 26 casos de covid-19 com vínculo epidemiológico por esclarecer significa que já há contaminação local, João Lourenço respondeu que a declaração obedece a critérios definidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), pelo que, se não foi ainda anunciada pelas autoridades sanitárias angolanas, "significa que a situação de Angola ainda não se enquadra nos critérios que a OMS definiu".
"Se isso vier a acontecer, ou quando isso vier a acontecer, com certeza que as autoridades competentes vão anunciar que o país já entrou em contaminação local", disse.
Depois da terceira prorrogação do estado de emergência que vigorou no país entre 27 de março e 25 de maio, foi declarada situação de calamidade pública, tendo havido algum alívio nas medidas iniciais de prevenção e combate à pandemia.
Angola contabilizou, na sexta-feira, 32 novos casos de Covid-19, o maior registo de sempre, elevando para 244 o total de infeções do país, desde o início da pandemia no país, em março passado. A capital angolana, Luanda, é o epicentro da pandemia, que se alastrou também à província do Cuanza Norte.
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